sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Change Your Thoughts..



And You'll Change Your World!


Cloths of Heaven - W. B. Yeats

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Had I the heavens' embroidered cloths,

Enwrought with golden and silver light,

The blue and the dim and the dark cloths

Of night and light and the half-light,

I would spread the cloths under your feet:

But I, being poor, have only my dreams;

I have spread my dreams under your feet;

Tread softly because you tread on my dreams.


quinta-feira, 30 de outubro de 2008

por um mundo mais gentil..

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Um senhor magro e de longos cabelos brancos, vestido com uma improvisada túnica branca e um cartaz na mão entre flores. No cartaz, liam-se mensagens escritas de um jeito particular, sendo a mais famosa a que dizia: “gentileza gera gentileza”. Este senhor era José Datrino, também conhecido como Profeta Gentileza, rebatizado na tristeza, na loucura e no fogo.
Nascido em 1917 em Cafelândia (SP), montou uma empresa de transportes em Guadalupe, subúrbio do Rio, e ia muito bem na carreira de empresário.

O ano de 1961 estava quase no fim quando, em 17 de dezembro, José Datrino se sensibilizou com uma das maiores tragédias da história do circo mundial, e certamente um dos piores acidentes da história do Brasil: o incêndio do Gran Circus Norte-Americano em Niterói. Morreram mais de 500 pessoas no fogo, a maioria das quais era de crianças.

Alguns dias mais tarde, Datrino acordou ouvindo vozes. Elas lhe comandavam largar tudo que construíra, para sair pela cidade a pregar o amor. Assim, Datrino resolveu abandonar sua vida comum e se entregar à tarefa de pregar um ideal de pureza, simplicidade, bondade e... gentileza. Plantou um jardim e uma horta sobre as cinzas do circo incendiado e passou a viver no local por quatro anos. Confortou as famílias que haviam perdido parentes no incêndio e, depois disso, recebeu a alcunha de Profeta Gentileza.

Em 1970, deixou o lugar então conhecido como Paraíso Gentileza e passou a levar vida de andarilho pregador. Cruzava os caminhos entre Rio de Janeiro e Niterói e nunca mais parou de pregar a gentileza.

O mais conhecido de seus trabalhos é um conjunto de murais pintados num viaduto da zona portuária do Rio onde suas mensagens contra a violência e a desumanidade podem ser lidas até hoje, pois são patrimônio cultural tombado.


I get along without u very well..

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I get along without you very well
Of course, I do
Except when soft rains fall
And drip from leaves
Then I recall
The thrill of being sheltered in your arms
Of course, I do
But I get along without you very well
Ive forgotten you just like I should
Of course, I have
Except to hear your name
Or someones laugh that is the same
But Ive forgotten you just like I should
What a guy
What a fool am i
To think my breaking heart
Could kid the moon
Whats in store
Should I fall once more
No, its best that I stick to my tune
I get along without you very well
Of course, I do
Except perhaps in spring
But I should never think of spring
For that would surely break my heart in two
Whats in store
Should I fall once more
No, its best that I stick to my tune
I get along without you very well
Of course, I do
Except perhaps in spring
But I should never think of spring
For that would surely break my heart in two


quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Mitologia Grega - Perséphone e as Estações

Ceres é o nome romano para a deusa grega Deméter, deusa-mãe da Terra, e da Agricultura. Seduzida por Zeus, eles tiveram uma filha, Perséphone.



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Perséphone cresceu alegremente entre as outras filhas de Zeus, mas sendo extremamente atraente e bela seu tio Hades, deus do mundo subterrâneo, se apaixonou por ela. Embora Zeus consentisse com a união, Perséphone relutou. Um dia, enquanto colhia flores no campo, o chão se abriu, Hades apareceu e arrastou-a para o Inferno.


Perséphone gritou mas quando Deméter chegou ao local não havia mais sinal dela.


Deméter decidiu abandonar sua condição divina até que sua filha retornasse para ela. Por nove dias e nove noites vagou pelo mundo com tochas acesas em ambas as mãos procurando a sua adorada filha.


Enquanto vagava em busca de sua filha perdida, a Terra ficou desolada, estéril e devastada pela fome. Toda a vegetação morreu.


Finalmente Zeus enviou Hermes, o mensageiro dos deuses, para trazer Perséphone de volta à sua mãe, ordenando a Hades que a devolvesse.


Antes de deixá-la partir, Hades pediu-lhe que comesse uma semente de romã, o alimento dos mortos. A semente a ligaria para sempre a Hades.


Foi feito então um acordo segundo o qual Deméter retornaria ao Monte Olimpo e o ano seria dividido em duas partes: metade do ano Perséphone passaria com a sua mãe na Terra, e a outra metade com Hades, no Inferno.


Quando Perséphone deixa o Inferno para estar com a sua mãe a Terra floresce, trazendo a Primavera e o Verão aos mortais como um sinal da alegria de ambas as divindades.


Quando chega o momento de Perséphone deixar sua mãe para voltar ao Inferno, o Outono e o Inverno cobrem a Terra em sinal de profunda tristeza.



Pq, apesar do dia de hoje, ainda estamos na estação da flores..
e eu tento um sorriso.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Spleen ..


"Spleen" vem do grego splēn, o baço.

Na medicina antiga o órgão era considerado uma das sedes dos humores, das emoções.

O termo em inglês refere-se originalmente a uma víscera glandular, vulgo “baço”, que tem a função de destruir os glóbulos vermelhos.

Torna-se termo literário quando os poetas decadentistas da segunda metade do século XIX o tomam simbolicamente como a origem da destruição de algo mais intangível: a alegria de viver.

Em inglês, o termo já é considerado arcaico no século XIX mas Baudelaire o recupera em As Flores do Mal (1857) e O Spleen de Paris - Pequenos Poemas em Prosa (1868).

Spleen e Ideal”, sequência de As Flores do Mal, é um momento decisivo na obra poética de Baudelaire..

Aqui, uma das formas de expressão mais devastadoras do spleen, o tédio, ameaça prolongar-se ad infinitum:

“Nada iguala a extensão dos longos dias mancos / Quando o tédio, esse fruto da incuriosidade, / Sob os pesados flocos da neve dos anos, / Atinge as proporções da imortalidade.”

Os românticos fizeram do "spleen" um estado de espírito.

Em francês refere-se a um estado pensativo.. de tristeza ou melancolia, tédio profundo.

O "
spleen", no sentido baudelairano, continua em uso na França.


"Devemos andar sempre bêbados. Tudo se resume nisto: é a única solução. Para não sentires o tremendo fardo do Tempo que te despedaça os ombros e te verga para a terra, deves embriagar-te sem cessar. Mas com quê? Com vinho, com poesia ou com virtude, a teu gosto. Mas embriaga-te.

E se alguma vez, nos degraus de um palácio, sobre as verdes ervas duma vala, na solidão morna do teu quarto, tu acordares com a embriaguez já atenuada ou desaparecida, pergunta ao vento, à onda, à estrela, à ave, ao relógio, a tudo o que canta, a tudo o que fala,

pergunta-lhes que horas são:

«São horas de te embriagares! Para não seres como os escravos martirizados do Tempo, embriaga-te, embriaga-te sem cessar! Com vinho, com poesia, ou com virtude, a teu gosto.»

Charles Baudelaire, "O Spleen de Paris"

Prefiro Toddy..

Aminoácidos são as unidades fundamentais que constituem as proteínas. O triptofano (L-Trp)é um aminoácido aromático essencial que, em associação a piridoxina (Vit B6), ácido ascórbico (Vit C) e magnésio, sofre sucessivas hidroxilações e descarboxilações, sendo finalmente convertido em 5-hidroxitriptamina ou serotonina (5-HT).

Um certo número de alimentos, como bananas, tomates e chocolate são ricos em L-Trp.A patogênese da depressão endógena envolve a deficiência de serotonina (5-HT) e/ou noradrenalina na fenda sináptica, à nível neuronal. Muitos indivíduos naturalmente deprimidos já se auto-medicam com chocolate, instintivamente.

Outras ações como tomar sol e fazer sexo estimulam a liberação do neurotransmissor da alegria..


Ou seja..

more em um país tropical, ensolarado..

faça sexo regularmente, ame profundamente,

e chocolate (ou leite achocolatado)

sempre que se sentir deprê,

entediado...


be happy! ; )

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Flamengo 5 x Coritiba 0



quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Sob efeito da mescalina

Qualquer caminho é apenas um caminho

e não é afronta alguma passar por ele,

se é isso o que seu coração diz …

Olhe para cada caminho de perto e com vontade.

Tente quantas vezes achar necessário.

Então, pergunte a você mesmo, só a você:

esse caminho tem um coração?

Se tiver, o caminho é bom. Se não,

não tem valor algum.”

Carlos Castaneda


Carlos Castaneda (1935- 1998) nasceu no Brasil, numa cidade do Vale do Paraíba, e passou a infância em uma fazenda próxima de Mairiporã, interior de São Paulo. Foi para Los Angeles, fazer antropologia na UCLA e, quando estava se formando, partiu em pesquisa de campo afim de levantar dados para sua tese de doutorado cujo assunto era o uso de plantas medicinais entre os índios mexicanos. Buscava informações sobre alucinógenos usados em rituais, como o peiote, a erva do diabo (estramônio) e o cogumelo mexicano.

O peiote já havia sido objeto de pesquisa ocidental acadêmica. Sintetizaram o seu agente químico, a mescalina. Aldous Huxley tomou essa droga e sua experiência serviu de base para o ensaio "As portas da percepção" e "Céu e Inferno".

Os livros de Castaneda são autobiográficos e relatam seu aprendizado com Don Juan e suas experiências de iniciação à feitiçaria. Don Juan bombardeou sucessivamente o Ego de Castaneda, realçando sua pequenez diante da eternidade e da vida.

Um bom exercício para se perder a importância própria é conversar em voz alta com as plantas.

"talk to your plants!"

: )


(Saudade do meu pé de jambo, da mangueira que nasceu na geladeira, da orquídea que renasce todo os anos..)


"I was born a dog… but I don't have to die like one".

Indian Summer

Indian summer é o nome dado a um curto período ensolarado e de temperatura elevada, no outono, logo antes do início do inverno. Geralmente ocorre em Setembro, Outubro ou no início de Novembro no hemisfério norte, e em Março, Abril ou início de Maio no hemisfério sul. Pode durar somente alguns dias ou se extender por uma semana ou mais..

Indian Summer
A soft veil dims the tender skies,
And half conceals from pensive eyes
The bronzing tokens of the fall;
A calmness broods upon the hills,
And summer's parting dream distills
A charm of silence over all.

The stacks of corn, in brown array,
Stand waiting through the placid day,
Like tattered wigwams on the plain;
The tribes that find a shelter there
Are phantom peoples, forms of air,
And ghosts of vanished joy and pain.

At evening when the crimson crest
Of sunset passes down the West,
I hear the whispering host returning;
On far-off fields, by elm and oak,
I see the lights, I smell the smoke,--
The Camp-fires of the Past are burning.

Henry Van Dyke



Também o nome de uma das minhas músicas favoritas dos "Doors", "Indian Summer" é uma baladinha contemplativa, que evoca a percepção de um verão perfeito e sua temporalidade, bem como o início de um relacionamento..




Quando conhecer sua alma pintarei..

seus olhos.

Amedeo Modiglian
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"Os olhos são o espelho da alma".

Fato.



terça-feira, 21 de outubro de 2008

arte de viajar..



A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa,

Como se estivessem abertos diante de nós

todos os caminhos do mundo.



Mario Quintana


As Cavernas de Buda - Arte Budista

De uma reportagem do NY Times.. (Jul/08)

Dunhuang é uma cidade-oásis na rota para o mediterrâneo. Situada no noroeste da China (7000km), nos limites do Deserto de Gobi, foi fundada pelo Imperador Wudi, na dinastia Han (111 AC).


A cidade era ponto estratégico do Império no Chinês para o controle do comércio na região devido à sua localizaçào próxima a mais importante rota de troca de mercadorias entre a China e o Oeste, a "Estrada da Seda".


Por volta do Séc 4 AC a "Estrada da Seda" levou para Dunhuang prosperidade comercial e proporcionou o desenvolvimento de uma comunidade budista. A estrada serviu não somente como um caminho para o escambo de mercadorias mas também para a troca de pensamentos - religiosos, culturais e artísticos. Era percorrida por monges da China e Koréia, em busca de imagens e escrituras; e por embaixadores e príncipes do Oeste, fazendo a longa jornada para a China com seus exóticos presentes - vestimentas em seda, vasos de ouro, cristais, fragrâncias, especiarias, animais exóticos (leões), novas frutas (uva), dançarinos, músicos e instrumentos musicais.

A prosperidade de Dunhuang deu-se também pela fertilidade de seu solo, tornando-a conhecida por seus melões e uvas, em particular.

Durante o colapso da dinastia Han (206 AC -220 DC) a área foi alvo de sucessivas invasões.

Rendeu-se aos tibetanos, depois de 10 anos de resistência, durante a dinastia Tang (618-906). Em 887 o domíno Chinês foi recupeardo e uma família local assumiu o poder sendo substituida posteriormente por outros poderosos clãs.

Após o esplendor da dinastia Tang, e com o comércio com a Europa sendo feito por rotas marítimas, a Estrada da Seda foi reduzida e Dunhuang abandonada.

Os templos-cavernas Mogao estão situados próximos a cidade de Dunhuang.


A areia é implacável na região. As tempestades de areia cobrem e descobrem cavernas e plantações..

* lembrei-me de "Woman in The Dunes".. ;)

As cavernas de Dunhuang permanecem como um dos santuários religiosos mais perfeitamente preservados no mundo. Suas paredes e tetos estão repletos de extraordinárias coleções de esculturas e pinturas buditas.

As cavernas de Dunhuang sofreram o saque de exploradores ocidentais no começo do século 20. Agora, estão ameaçadas pelo dióxido de carbono dos turistas.








domingo, 19 de outubro de 2008

Impressionismo

Por vezes à noite há um rosto ... que nos olha do fundo de um espelho.
E a arte deve ser como esse espelho .. que nos mostra o nosso próprio rosto.

- Jorge Luis Borges

Surgido na França em 1874, o impressionismo foi um movimento artístico que passou a explorar, de forma conjunta, a intensidade das cores e a sensibilidade do artista. A denominação “impressionismo” foi dada após a declaração pejorativa do crítico de arte francês Louis Leroy ao ver a tela “Impression du Soleil Levant”, de Monet, um dos principais artistas do movimento.


Os impressionistas buscavam retratar em suas obras, os efeitos da luz do sol sobre a natureza, por isso, quase sempre pintavam ao ar livre. A ênfase, portanto, era dada na capacidade da luz solar em modificar todas as cores de um ambiente, assim, a retratação de uma imagem mais de uma vez, porém em horários e luminosidades diferentes, era algo normal. O impressionismo explora os contrastes e a claridade das cores, resplandecendo a idéia de felicidade e harmonia. Para os impressionistas, os objetos deveriam ser retratados como se estivessem totalmente iluminados pelo sol, valorizando as cores da natureza. Além disso, as figuras não deveriam ter contornos nítidos e o preto jamais poderia ser utilizado; até as sombras deveriam ser luminosas e coloridas.

É possível encontrar nas obras dos impressionistas os melhores exemplos da influência da fotografia sobre as novas concepções artísticas. Dentre vários, seria pertinente citar o trabalho de Edgar Degas (1834-1917), sobretudo pelo acentuado sentido de movimento que aplicava em seus quadros. Degas, um dos mais brilhantes desenhistas de sua geração, foi um observador rigoroso do cotidiano e gostava de banhar suas concepções fragmentárias na luz artificial – como holofotes e refletores –, que lhes conferia uma inconfundível dimensão mágica. Suas célebres bailarinas são criaturas etéreas em constante movimentação. Como na imagem fotográfica, ele se prendia, de preferência, às posições absurdas e aos equilíbrios inverossímeis. De fato não buscava no balé a graça sedutora. O significado real não residia apenas no tema, pois quando pintava uma bailarina, não era a dança que o atraía, mas o espetáculo do corpo no espaço e o desafio de transformá-lo em arte.


Seu olhar se tornava impiedoso quando se voltava para a mulher em sua toalete. Ele a flagrava exatamente quando ela se acreditava só, quase grotescamente ocupada com seus cuidados íntimos. Enfim, ele a descrevia com a força e a veracidade de um instantâneo fotográfico.


Os principais artistas impressionistas foram Monet, Manet, Renoir, Camile Pissaro, Alfred Sisley, Vincent Van Gogh, Degas, Cézanne, Caillebotte, Mary Cassatt, Boudin, Morisot, etc.

No Brasil, o representante máximo do impressionismo foi Eliseu Visconti, o qual teve contato com a obra dos impressionistas e soube transformar as características do movimento conforme a cor e a atmosfera luminosa do nosso país.