quinta-feira, 30 de outubro de 2008

por um mundo mais gentil..

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Um senhor magro e de longos cabelos brancos, vestido com uma improvisada túnica branca e um cartaz na mão entre flores. No cartaz, liam-se mensagens escritas de um jeito particular, sendo a mais famosa a que dizia: “gentileza gera gentileza”. Este senhor era José Datrino, também conhecido como Profeta Gentileza, rebatizado na tristeza, na loucura e no fogo.
Nascido em 1917 em Cafelândia (SP), montou uma empresa de transportes em Guadalupe, subúrbio do Rio, e ia muito bem na carreira de empresário.

O ano de 1961 estava quase no fim quando, em 17 de dezembro, José Datrino se sensibilizou com uma das maiores tragédias da história do circo mundial, e certamente um dos piores acidentes da história do Brasil: o incêndio do Gran Circus Norte-Americano em Niterói. Morreram mais de 500 pessoas no fogo, a maioria das quais era de crianças.

Alguns dias mais tarde, Datrino acordou ouvindo vozes. Elas lhe comandavam largar tudo que construíra, para sair pela cidade a pregar o amor. Assim, Datrino resolveu abandonar sua vida comum e se entregar à tarefa de pregar um ideal de pureza, simplicidade, bondade e... gentileza. Plantou um jardim e uma horta sobre as cinzas do circo incendiado e passou a viver no local por quatro anos. Confortou as famílias que haviam perdido parentes no incêndio e, depois disso, recebeu a alcunha de Profeta Gentileza.

Em 1970, deixou o lugar então conhecido como Paraíso Gentileza e passou a levar vida de andarilho pregador. Cruzava os caminhos entre Rio de Janeiro e Niterói e nunca mais parou de pregar a gentileza.

O mais conhecido de seus trabalhos é um conjunto de murais pintados num viaduto da zona portuária do Rio onde suas mensagens contra a violência e a desumanidade podem ser lidas até hoje, pois são patrimônio cultural tombado.


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